terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Cronologia da História do Palhano – 1500 a 2015

Antes de 1500, há indícios de povoamento indígena nas proximidades da Lagoa das Carnaúbas (á 7 km da sede de Palhano) no sítio arqueológico identificado por moradores locais como pilões. Segundo estudos a região do baixo Jaguaribe era habitada por índios dos ramos Tupis, os potiguares, e os índios língua travada, conhecido popularmente por tapuias, dos quais destacam, os tarariús (que incluíam os jenipapos, canindés, paiacus, janduins e vários outros).  

1500 – Descobrimento do Brasil em 22 de abril.

1695 – 1697 – aldeamento de índios Paiacus nas proximidades da serra do Areré.

1707 – Requerimento/distribuição de Sesmaria de terras ao João de Barros Braga e a Estevão de Souza Palhano.

1722 - Requerimento/distribuição de Sobras de terras ao Frei Manuel de Sta. Maria de Nossa Senhora do Carmo, no Sítio Lagoa do Souza no Riacho Palhano.

1882 – Cadeiras escolares para sexo masculino, Ato provincial transforma Sesmaria em Distrito, com o Nome de Cruz de Palhano, pertencendo ao Município de São Bernardo das Éguas Russas (atual Russas).

1889 – Lei Provincial nº 2155, de 12 de agosto de 1889, transfere o distrito Cruz de Palhano para o Município União (atual Jaguaruana).

1890 – Pelo Decreto nº 58º distrito de Cruz de Palhano volta a pertencer ao Município de São Bernardo das Éguas Russas (atual Russas).

1938 – Pelo decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Cruz de Palhano passou a denominar-se Palhano e o município de São Bernardo das Éguas Russas a denominar-se simplesmente Russas.

1958 – O distrito de Palhano é elevado à categoria de município com a denominação de Palhano, pela lei estadual nº 4076, de 8 -05 -1958, desmembrando-se de Russas. É instalada a prefeitura de Palhano, com a nomeação do Sr. João Luiz de Santiago.

1959 – É nomeado prefeito interino, o Sr. Miguel Correia de Oliveira, até a posso do primeiro prefeito eleito.

1961 - Toma posse como prefeito o Sr. João Mateus Sobrinho, eleito em  3 de outubro de 1960 pelo partido PSD.

1963 - Toma posse como prefeito o Sr. Jacó Severiano da Silva eleito em 7 de outubro 1962 pelo partido PSD.

1967 – É empossado como prefeito o Sr. João Mateus Sobrinho, partido ARENA, eleito e 15 de novembro de 1966.

1970 – É instalado a energia elétrica no Palhano. Construção do Açude do Boi Morto.

1971 – Eleito em 15 de novembro de 1970, é empossado como prefeito Joaquim Barreto (Quinco), pelo partido ARENA.

1973 – Toma posse como prefeito o Sr. Jacó Severiano da Silva, eleito em 15 de novembro de 1972 pelo partido MDB.

1977 – é empossado como prefeito o agrônomo Sr. João Mateus Filho, eleito em 15 de novembro de 1976, pela ARENA.

1983 – Assume a prefeitura o Sr. Joaquim Miguel de Lima, eleito em 15 de novembro de 1982 pelo partido PDS.

1987 – Tremores de terra no Palhano, tornando a cidade notícia nacional.

1988 – É eleito em 15 de novembro de 1988, o agrônomo Sr. João Mateus Filho, pelo partido PDS, e assume a prefeitura.

1993 – Toma posse como prefeito o médico Joaquim Félix Filho eleito em 3 de outubro de 1992, pelo partido PSDB.

1997 - Toma posse como prefeito o agrônomo Sr. João Mateus Filho, pelo partido PPB eleito 3 de outubro de 1996.

2001 - Toma posse como prefeito o professor Francisco Lucilane de Moura, leito pelo partido PSDB, em 1 de outubro 2000.

2009 - Toma posse como prefeito o funcionário público Francisco Nilson Freitas, eleito em 5 de outubro 2008, pelo partido PSDB.

2015 - Construção da CE-371, rodovia asfaltada ligando Palhano a Itaiçaba. 

História da Educação do Palhano - 1882

Primeiros relatos de escola no Palhano foram em 1882 para o Sexo Masculino e para ambos os sexos em 1893, segundo Liméira M. da Rocha (op.cit).

Fonte: Estudos da História Jaguaribana, Página 546. Autor: Cicinato Ferreira Neto. 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Dos primeiros proprietários das terras de Palhano - 1707

Foi distribuída uma sesmaria de terras em 09 de julho de 1707, tendo como beneficiados João de Barros Braga e Estevão de Souza Palhano, que ficava a meia légua acima do lugar onde esteve a aldeia dos Paiacus. O aldeamento dos Paiacus foi por volta de 1695 a 1697, e possivelmente nas proximidades da Serra do Areré.

Em 22 de outubro de 1707, foi beneficiado o Sr. Estevão de Souza Palhano com as sobras de terras de Manuel de Abreu Soares e Manuel de Góis.

E em 21 de maio de 1722 foi beneficiado com uma sesmaria o Frei Manuel de Santa Maria de Nossa Senhora do Carmo no sítio Lagoa de Sousa, que pediu sobras de terras para a Bando do Riacho Palhano.

Possivelmente essas sesmarias formam parte do território palhanense na atualidade. Sendo esses os primeiros proprietários dessas terras.


Fonte: CEARÁ, Sesmarias Cearenses – Distribuição Geográfica.

Aldeamento de Índios Paiacus as Margens do Rio Palhano - 1695 a 1697

Segundo Cicinato Ferreira Neto, no Livro ‘Estudos de História Jaguaribana’, pagina 91 e 91. Os Paiacus foram aldeados no Araré num período que vai de 1695 a 1697. Não parece ter havido aldeamento desses índios ante das datas mencionadas, considerando uma carta do bandeirante paulista Morais Navarro ao rei, de 1694, que mencionava apenas as seguintes aldeias no Ceará, na época: Caucaia, Parangaba, Paupina, Parnamirim e duas de índios jaguaribaras (in NOBRE, 1980: 161). A localização exata do aldeamento dos paiacus é uma incógnita. Os documentos antigos falam apenas que os índios foram reunidos na margens do Riacho Bonhu, na proximidade do atual Palhano. Sabe-se que o monte que fica em Itaiçaba é perto do Rio Palhano e também chama-se Areré. Aragão (op. cit: 91) diz que os paiacus foram vencidos pelos soldados de Pedro Lelou, que os aldeou perto da atual Aracati, o que não chega a desfazer a hipótese de que o aldeamento tenha sido efetivamente na área do monte Areré, em Itaiçaba. Rocha (op. cit: 78) menciona uma aldeia a meia légua ao norte do Monte Areré chamada de Nossa Senhora da Madre de Deus, construída em homenagem à Matriz dos oratorianos, religiosos que a dirigiram. Vários escritores concordam que o comando do aldeamento era do padre João da Costa. Porém, discordam acerca do que aconteceu no local na época da guerra empreendida pela paulista Morais Navarro. Lima (op.cit: 143) é daqueles que repetem que a aldeia foi atacada pelo forasteriro. Nobre, que inclusive ressalta que existem uma cruz no antigo aldeamento, refuta dizendo que o paulista lutou, sim, com Jenipapouça, líder dos paiacus, mas não atacou a aldeia do Areré e diz, adiante, que esta foi mudada para área do Rio Choró (op.cit: 371-4). Studart Filho 91965: 53) reafirma que foi feita uma devassa contra os índios do Areré (fato já mencionado no documento de Aquiraz de 1704), não fala se a adeia foi destruída por Morais Navarro e limita-se a dizer que houve luta contra  Jenepapouça e, entre os prisioneiros índios, iam gentios domésticos do Areré, conversos pelo Padre João da Costa. Fica a controvérsia.

O pesquisador Cicinato Ferreira Neto, é historiador, com profundo conhecimento na história Jaguaribana, o Livro Estudos de História Jaguaribana foi publicado em 2003 e reúne informações, referencias e documentos valiosos da história jaguaribana.

O Rio Palhano é citado na pesquisa. Que houve movimentação de índios paiacus na região próxima e Serra do Arerê em itaiçaba e de trabalhos do Padre João da Costa na colonização desses índios. Possivelmente no final do século XVII, 195 anos após o descobrimento do Brasil.